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Projeto Brinquedoteca

Um espaço estruturado para brincar

A Brinquedoteca é um espaço que visa estimular crianças e jovens a brincarem livremente, pondo em prática sua própria criatividade e aprendendo a valorizar as atividades lúdicas.


De acordo com RODARI (1982), por meio das Brinquedotecas avaliamos nas crianças o seu desenvolvimento, através do acompanhamento, da observação diária, no que se refere a socialização, a iniciativa, a linguagem, ao desenvolvimento motriz e buscamos através das atividades lúdicas o desenvolvimento das suas potencialidades.


SANTA MARLI PIRES DOS SANTOS (1997), relata que uma Brinquedoteca não significa apenas uma sala com brinquedos, mais em primeiro lugar, uma mudança de postura frente à educação. É mudar nossos padrões de conduta em relação a criança; É abandonar métodos e técnicas tradicionais; é buscar o novo, não pelo modernismo, mas pela convicção do que este novo representa; é acreditar no lúdico como estratégia do desenvolvimento infantil.


A Brinquedoteca tem como proposta o brinquedo, o objeto, sua necessidade é de ampliar e preservar as possibilidades de vivência do lúdico.   


É um espaço alegre, colorido, diferente, onde crianças e jovens soltam a sua imaginação, sem medo de serem punidas e cobradas.
A Brinquedoteca pode ter várias funções: pedagógica, social e comunitária. Oferecer possibilidade de bons brinquedos e ao mesmo tempo, brinquedos de qualidade é a função pedagógica. Possibilitar que as crianças e jovens de famílias economicamente menos favorecidas possam fazer uso de brinquedos, é a função social. Favorecer crianças e jovens que jogam em grupos, a aprenderem a respeitar as pessoas, a colaborarem com elas, a receberem ajuda, a tentar compreendê-las, é a função comunitária.

 

Uma Brinquedoteca pode ter diferentes finalidades no âmbito lúdico, como por exemplo: Brinquedotecas especializadas em atendimento a crianças da primeira infância, outras somente para empréstimos de brinquedos. Podemos dizer que é uma oficina de criação lúdica, onde crianças e jovens experimentam, conhecem, exploram e manipulam diversos brinquedos, construindo assim seu próprio conhecimento, desenvolvendo autonomia, criatividade e liberando suas fantasias.


O mundo de brinquedos é a primeira idéia que surge para quem entra na Brinquedoteca. Nas Brinquedotecas existem brinquedos variados, novos, usados, brinquedos de madeira, plástico, metal, pano, aquele da propaganda, um que nossos pais brincavam, ou aquele tão desejado. Brinquedos que vão realizar sonhos, desmistificar fantasias ou simplesmente estimular a criança a brincar livremente. Quando uma criança entra na Brinquedoteca, deve ser tocada pela expressividade da decoração, pela alegria e a magia do espaço. Sendo um ambiente para estimular a criatividade, deve ser preparado de forma criativa, com espaços que incentivem a brincadeira de “faz de conta”, a construção de brinquedos e a socialização.
 

O que não podemos esquecer é que qualquer que seja o tipo de Brinquedoteca, o acervo de brinquedos, as brincadeiras, vão proporcionar a criança e ao jovem, momentos criativos, alegres, com muito prazer e aprendizado.


A sociedade contemporânea tem limitado o brincar das crianças sendo que as crianças com deficiência enfrentam, ainda, barreiras psicossociais. Uma brinquedoteca comunitária pode ser um local de enfrentamento das limitações ao brincar. O objetivo deste estudo foi descrever as relações interpessoais entre crianças com deficiência e crianças sem deficiência num contexto de brinquedoteca comunitária, e como esta pode influenciar essas relações.

 

Observou-se durante 10 encontros um grupo de crianças sendo duas delas com deficiência mental. Utilizou-se como foco de coleta a descrição da situação lúdica que envolvesse a questão da deficiência, utilizando como categorias de coleta: tipo de brincadeira, estilo de interação e seu caráter social. Comparou-se um episódio com outro que envolvessem os mesmos participantes buscando identificar transformação ou não do tipo de interação de caráter social ou agonístico. Identificamos três contextos de interação que se mostraram significativos: de passagem, em brincadeiras paralelas e nas brincadeiras com o outro.

 

As interações de passagem mostraram potencializar mais interações agonísticas, enquanto brincadeiras paralelas, mais interações pró-sociais. As situação de brincadeira de escolinha, de fantasia e jogos potencializaram mais interações pró-sociais, pelos próprios integrantes escolherem as brincadeiras e seus companheiros. As brincadeiras em que todos participavam, embora dessem visibilidade e participação grupal às crianças com deficiência, mostraram maior quantidade de interações agonísticas e pró-sociais. Concluiu-se que as crianças com deficiência conquistaram um lugar.(AU).

 

 

 

Juntos Somos Melhores
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