Projeto Imigração
APRESENTAÇÃO
MOBILIDADE HUMANA- MIGRAÇÕES FORÇADAS
Os refugiados são considerados migrantes internacionais forçados, que cruzam as fronteiras nacionais de seus países de origem em busca de proteção. Eles fogem de situação de violência, como conflitos internos, internacionais ou regionais, perseguições em decorrência de regimes políticos repressivos, entre outras violações de direitos humanos. Questões étnicas, culturais e religiosas, desigualdade sócio-econômica, altos níveis de pobreza e miséria, sobretudo instabilidade política, estão no foco dos fatores que levam as migrações de refugiados.
A temática dos refugiados se encontra intrinsecamente associada à esfera de Estado-Nação. Isso porque o país de origem ameaçou violar ou de fato violou, ou ainda revelou-se incapaz de proteger os direitos de seus nacionais, o que os levou a fugir para escapar a situações de violência. Compreendo que devido às omissões políticas a esse respeito, cabe ao país acolhedor prover proteção a essa população estrangeira, recebida em seu território, e garantir direitos que estavam em risco no país de origem. Muitos são os problemas ao chegarem a um novo país. Os refugiados são vistos como outsiders, à medida que vem de fora: são estrangeiros por não pertencerem à nação, por serem estranhos aos códigos compartilhados e informados pela identidade cultural, social, étnica, religiosa, lingüística da comunidade de destino. E então os refugiados se situam entre o país de origem e o país de destino. Ao transitar entre os dois universos, ocupam posição marginal, tanto em termos identitários, culturais e sociais, assentada na falta de pertencimento pleno, enquanto membros da comunidade receptora, e nos vínculos introjetados por códigos partilhados com a comunidade de origem; quanto em termos jurídicos, ao deixar de exercitar, ao menos em caráter temporário, o status de cidadão no país de origem, e portar o status de refugiado no país receptor.
Como se sabe, a migração é fenômeno antigo que acompanha toda a história da humanidade. Antigamente tudo acontecia com muita liberdade, mas com o aparecimento dos estados-nação, delimitados territorialmente e dotados de soberania sobre a entrada e circulação dentro dos seus territórios, tudo passou a contar com limites, até os dias atuais. Nos últimos anos houve um aumento expressivo de pessoas que se deslocaram a força, interna ou internacionalmente, que são obrigados a fugir de seus territórios em decorrência também de conflitos bélicos, desastres naturais ou condições degradantes de vida. Bem, o estado do Acre é a porta de entrada de muitos estrangeiros senegaleses, haitianos, sírios de outras nações em conflito. O governo Brasileiro, através do governo do estado do Acre, desenvolve um projeto de acolhimento aos estrangeiros desde 2010, em Rio Branco administrados por duas secretarias: recursos humanos e secretaria da saúde do município, na chácara Aliança, envolvendo enfermeiros, médicos, hospitais da região, auxílio para confeccionar a documentação necessária, alimentação (três vezes) ao dia, espaço para dormir, recreação, aulas de português ao ar livre, internet, e alguns poucos voluntários para ajudar nas tarefas. A chácara já recebeu em torno de 1.500 ( hum mil e quinhentos) estrangeiros por dia, mas atualmente recebe em média 350(trezentos e cinqüenta) estrangeiros diariamente.
Em um projeto que funcionou até o início deste mês de outubro, os estrangeiros partiam de ônibus para vários estados brasileiros por ele escolhidos, com passagens e alimentação durante a viagem, oferecidos pelo governo local. A chácara Aliança necessita de trabalho voluntário, por isso solicitamos aos acreanos em geral, que procurem a chácara, e se dirijam ao administrador de cada secretaria, ou as irmãs Scalabrinianas que lá estão diariamente acolhendo homens, mulheres e algumas crianças que sempre estão chegando. Toda doação é bem vinda. (lápis, caneta borracha, cadernos, sabonetes, escova de dente, pasta de dente, talheres de plástico, e principalmente roupas e calçados usados, pois muitos deles chegam apenas com a roupa do corpo, devido a intervenção dos coiotes peruanos.
Confira as imagens abaixo da apresentação em Power Point com mais detalhes desse projeto:





