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O Mundo Muda:

e a família também

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AS MUDANÇAS NO CICLO DE VIDA FAMILIAR

O texto enfatiza dois cuidados que precisamos ter em relação a perspectiva do ciclo de vida. Uma aplicação severa das idéias psicológicas ao ciclo de vida normal pode causar algum prejuízo, se despertar qualquer desvio de normas, seja patológico. Também em função do mundo novo enfrentado por cada nova geração, pode desvalorizar o papel da paternidade, e tirar o significado do relacionamento entre as gerações. Em relação ao funcionamento normal ao longo do tempo, vê a terapia como sendo um momento de restabelecimento do desenvolvimento da família. Percebe problemas que aconteceram no passado, sobre o que está se passando agora, e também do futuro que está por vir. Cada ciclo individual, ocorre dentro do ciclo de vida familiar, que é onde se inicia a desenvolvimento humano, e é importante entender este movimento, porque assim é possível entender problemas emocionais que as pessoas que se movimentam juntas, neste ciclo de vida, podem desenvolver. Faz pouco tempo, que os terapeutas passaram a se preocupar com a estrutura do ciclo de vida das famílias, e aí torna-se difícil estabelecer padrões normais, e isto podem as vezes causar desconforto na família.
 

FAMÍLIA COMO UM SISTEMA MOVENDO-SE ATRAVÉS DO TEMPO
Normalmente os desconfortos surgem na família em momentos de transição de um estágio para outro, durante o desenvolvimento da família em questão, e aí é importante a presença do terapeuta, com o objetivo de ajudar a família, através do seus membros a se reorganizar, para que possa continuar seu desenvolvimento. Vários são os estágios da vida familiar, e podemos citar alguns importantes, tais como: casamento, nascimento, educação dos filhos, a saída dos filhos do lar, aposentadoria e morte. Vários pensadores apresentam no texto varias formas de estágio, embora todos ressaltem que todos vivem numa interdependência, conforme as gerações se movem através da vida, e é bastante difícil pensar na família como um todo, tendo em vista sua complexidade no funcionamento, mas a família possui propriedades básicas diferente de quaisquer outros sistemas. O texto ressalta que numa família, quando o genitor morre, outra pessoa pode desempenhar o papel paterno, mas nos aspectos emocionais, a pessoa citada, não tem condições de substituir o que morreu. As pessoas não tem muita escolha de status, para ocupar cargos entre os membros da família, e aí podemos afirmar que não se entra em um relacionamento familiar por escolha, a não ser no casamento. Mesmo assim, a decisão de se casar com quem a gente gostaria é muito recente, por questões culturais, até os casamentos eram arranjados. Não podemos fugir do conceito que os processos familiares existem na dimensão linear do tempo. Enquanto uma geração está indo para uma idade mais avançada, a outra está lutando com o ninho vazio, a outra geração estabelecendo carreira profissional, e a ultima e quarta geração está sendo introduzida no sistema, e aí acontece a mistura de gerações. Percebe-que também que os estresses familiares acontecem nos pontos de transição de um ciclo de vida, e produzem sintomas e disfunções. Acho interessante quando autores relatam que tudo o que acontece na nossa vida, são como a mão que nos maneja, isto é eles são os dados, o que fazemos com eles ou seja os dados é problema nosso. Quando acontece um estresse não previsto em uma família, como por exemplo nascimento de uma criança deficiente, morte prematura, etc, qualquer família parecerá disfuncional, pelo grau de ansiedade que o novo elemento venha a causar, porque há uma mudança no ciclo familiar. Lendo o texto entendo que estresse faz parte do ciclo de vida familiar, alguns estresses dentro da normalidade, e outros mais intensos, quando se vive situações que fogem a normalidade dentro da família. Então entendo que o estresse é herdado, trazemos conosco na bagagem. O fator cultural também é de importância fundamental na maneira pela qual as famílias atravessam seu ciclo de vida. E a evolução da humanidade, tecnologia, tudo interfere no ciclo da familiar, trazendo consequências de todos os tipos, pois as vezes tudo pode ficar pior ou melhor dentro do contexto. É uma surpresa. E quando a terapia é indicada? Quando se perde a consciência de que a vida significa um continuo movimento, desde o passado e para o futuro, com uma contínua transformação nos relacionamentos, e neste momento a terapia pode fazer o movimento de entender o ciclo familiar como um movimento natural do desenvolvimento.

 

AS MUDANÇAS NO CICLO DE VIDA FAMILIAR
Com a evolução da humanidade, sofrendo grandes transformações, percebe-se que a forma como o ciclo familiar era vivenciado antigamente, difere totalmente do mundo de hoje, e a transformação lentamente acontece, por isto é necessário atualizar-se, acompanhar a evolução, para entender o funcionamento das famílias. Por exemplo, há uma diferença enorme entre as mães de antigamente quanto ao tempo destinado a cuidar de filhos e as de hoje que o tempo de cuidado diminuiu ostensivamente, isto porque, o papel feminino nas famílias vem mudando através dos tempos. A mulher atual não é mais só mãe e esposa como antigamente, pois hoje muitos papéis são destinados a mulher, e esta mudança interferem nos ciclos de vida familiares. Verifica-se ainda que carreira e família, atualmente entram em conflito na vida familiar da mulher que, visto para conciliar tudo isto, a mulher tem que batalhar para alterar alguns pontos no sistema do ciclo normal da família, e esta mudança interferem também na postura do homem dentro deste ciclo, podendo gerar conflitos ou não se bem administrados. Entendo que estresses, relativos a mulher moderna, podem ser mais intensos, do que nas gerações anteriores de mulheres, visto que a mulher de hoje, tem muitos papéis a representar, tudo isto em função do ritmo de vida acelerado, aumentando as pesquisas são evidentes, o número de divórcios principalmente quando os filhos ainda são pequenos, e aí encontramos um dado a mais a ser estudado. Segundo o texto, é interessante que terapeutas, entendam estas mudanças, e evitem comparações com as famílias de épocas anteriores, porque é notório que padrões que envolvem o ciclo familiar, alteraram gradativamente até chegarmos na modernidade. É uma alteração contínua e dentro da normalidade, e trabalhar com famílias, da forma como se apresentam.

O LANÇAMENTO DO JOVEM ADULTO SOLTEIRO

Hoje não existe mais o ciclo familiar em que a formação da família iniciava no namoro, casamento e terminava como a morte de um dos cônjuges. O jovem adulto já se faz presente na nossa sociedade, e com este novo quadro, um novo ciclo social familiar, vem se montando. Acho importante dizer, que estes jovens adultos ao formar sua nova família, tem a chance de poder excluir alguns movimentos estressores oriundos de sua família, então entendo como uma grande conquista nos tempos modernos. Também a gente entende que os jovens adultos podem se comprometer com seus pais de forma diferente, isto é, sem expectativas, sem modificar seu status no sistema familiar. E como a terapia deve funcionar então para estes casos?

Em relação aos pais, a terapia busca ajuda-los a fazerem a mudança de segunda ordem necessária, pois é só desta forma, quando as famílias conseguem desconectar-se de gerações anteriores e entender as novas formações de ciclo familiar, pode prosseguir desenvolvendo-se.
 

UNIÃO DAS FAMÍLIAS NO CASAMENTO: O CASAL
É notório que as transformações da humanidade, na medida em o tempo vai evoluindo, muitas mudanças vão acontecendo em meio ao caminho, e um exemplo deles é o papel feminino na família. É evidente que hoje, em função da liberdade na formação das famílias, o ciclo familiar a ser formado é diferente aquele de suas famílias tradicionais. É quanto mais as mulheres de antigamente se adaptassem a ideia de casar e ter filhos e dedicar-se a esta vida plenamente, o número de divórcios era bem menor, que não é o comum na sociedade de hoje. E o que pode acontecer nestes tipos de relacionamentos é que as novas famílias constituídas, ainda estejam presas emaranhadas no sistema em que foram criadas, não conseguindo desprender-se deste ciclo, causando transtornos na sua vivência atual, então aí pode entrar o terapeuta, e ajuda o sistema a mover-se para uma nova definição de si mesmo.

 

TORNANDO-SE PAIS: FAMÍLIAS COM FILHOS PEQUENOS
O texto nos mostra como nesta fase, as famílias recém-constituídas e modernas apresentam dificuldades em se tornarem cuidadores de gerações mais jovens, isto é, tem dificuldade de se tornarempais diante dos filhos. E o texto é muito claro quando afirma que esta é o tipo de situação onde acontece o maior número de divórcios, devido a depressão na maioria das mulheres, por não conseguirem dar conta do novo sistema familiar que estão criando. A participação dos avós em algumas famílias que fazem parte deste ciclo é um dado que aparece afirmativamente na educação dos netos, embora seja um ciclo familiar fora da normalidade, mas que pode funcionar. Então sempre cabe ao terapeuta conscientizar o casal em foco, das mudanças relativas ao ciclo de vida familiar vivido por cada um dos cônjuges, mobilizando-os a buscar meios para enfrentar a nova situação, onde uma delas poderá ser a ajuda dos avós, em relação a educação dos netos.

 

A TRANSFORMAÇÃO DO SISTEMA FAMILIAR NA ADOLESCÊNCIA
O texto nos dá a orientação de que a adolescência introduz a uma nova fase, dentro do círculo familiar, e fala dos novos papéis dos pais nesta relação. Na modernidade e diante de jovens, as fronteiras devem ser mais permeáveis, sem imposição da autoridade dos pais, e isto origina a existência de novos valores, e as famílias correm o risco de estarem ainda afixados naquele seu modelo de ciclo familiar, e aí dois movimentos podem acontecer. Os adolescentes podem se retrair ou os pais podem mostrar-se muito fechados a estes novos valores. O trabalho do terapeuta é o de fazer com que as famílias se permitam modificar a visão sobre si mesmas, para que a nova geração alcance a sua independência, sem maiores estresses, embora mantendo as fronteiras, para que o desenvolvimento familiar possa continuar. Atenção nesta fase ao abuso de drogas, álcool, gravidez na adolescência, que ser cuidados e avaliados.

 

FAMÍLIAS NO MEIO DA VIDA: LANÇANDO OS FILHOS E SEGUINDO EM FRENTE
No entender dos autores do texto, esta é uma das fases mais novas e a mais longa no ciclo familiar, e talvez uma das mais problemáticas, porque antigamente as famílias ficavam ocupadas com a criação dos filhos desde o nascimento até a velhice. Enfim, atualmente tudo mudou, até porque agora vivemos por mais tempo, e é nesta fase que encontramos o maior número de pessoas entrando e saindo dos membros da família. E este é o momento que os pais estão adoecendo e morrendo. Esta longa fase pode às vezes representar rompimento, sentimento de vazio e perdas, depressão e desintegração geral. Nesta fase, existe a possibilidade do casal agarrar-se ao filho caçula, por isto a necessidade de uma nova reestruturação na vida conjugal do casal formador da família referida.

 

A FAMÍLIA NO ESTÁGIO DA VIDA
Parece que os autores pensam da mesma forma que eu. Entendoque aos meus olhos parece que as pessoas da terceira idade não tem família, e quem tem pouco se relaciona com elas, e por isto são colocados em instituições, e ai não há interação entre as pessoas desta família, embora as estatísticas mostrem o contrario, isto é, que as pessoas da terceira idade, embora em casa sozinhas, estejam muito próximas de alguns membros da família. Nesta fase também há que considerar aposentadorias, e o lado financeiro. A perda de um dos cônjuges também nesta fase altera o ciclo familiar, devido a muitos anos de vida em comum, mas em contrapartida, aparecem os netos que são mais novos, e que representam a parte positiva, da constituição deste núcleo familiar. É difícil encontrar pessoas da terceira idade procurando ajuda, embora a depressão seja uma constante em suas vidas, e até porque a velhice ainda é uma postura desvalorizada na nossa cultura, e isto dá brechas para que as pessoas que constituem aquele núcleo familiar tenham dificuldades de estabelecer convivência. O terapeuta neste caso deve ajudar os membros da família a reconhecerem as mudanças de status, com equilíbrio, para que possam seguir harmoniosamente seu desenvolvimento familiar.

VARIAÇÕES MAIORES NO CICLO DE VIDA FAMILIAR

​Divórcio e recasa mento-O divórcio é entendido pelos terapeutas como uma interrupção ou deslocamento do tradicional ciclo familiar, e por causa disto pode produzir um desequilíbrio, se não for bem conduzido, até porque é necessários resolver questões emocionais, para que eles possam seguir suas vidas dentro da normalidade. Focando o processo emocional podemos ressaltar que este período é como uma montanha russa que circula em altos e baixos, isto é, picos de tensão emocional, durante o processo, afetando o ciclo familiar com certeza. Este processo envolve (aceitação, resolução dos problemas, luto pois é uma perda, realinhamento do parentesco, recuperação de esperanças, etc.). E aí ressurge a fase do recasamento que implica em lutar contra seus próprios medos de investir numa nova família. Nestes podemos citar algumas mudanças tais como (comprometimento, a trabalhar com honestidade uma nova relação, planejar como ajudar os filhos neste novo caminho, realinhamento dos relacionamentos relativo a nova família, reestruturação das fronteiras familiares, criar espaços para os relacionamentos de todos os filhos, compartilhar lembranças e estórias, para aumentar a integração da família, etc.). No Brasil, existem dois tipos óbvios de recasamento: aquele das novelas e seriados, que são perfeitos com boas madrastas e o outro modelo que são aqueles com madrastas malvadas. E o trabalho para o terapeuta nesta condição será o de propor o desafio de ajudar a criar uma nova forma de estrutura familiar compensando o sentimento de sistemas, isto é, abandonando o antigo e partindo para entender a complexidade do novo sistema que acaba de formar. Para todo este processo acontecer, por vias normais, acredita-se que demora um bom tempo, devido a complexidade, e muitas personalidades neste envolvidos.

O CICLO DE VIDA FAMILIAR DOS POBRES E A VARIAÇÃO CULTURAL

​Sobre o ciclo de vida familiar dos pobres é necessário mais leitura, para poder emitirum maior entendimento sobre o assunto, mas o texto evidencia a preocupação de crianças pobres na faixa de 12 anos, sendo considerado um adulto sozinho, ou na companhia da avó, que é a terceira geração, que ainda não evoluiu nada, é uma reflexão a ser feita, entender como seria o trabalho do terapeuta nestes casos. O texto também aborda a importância da religião, etnia, quando se trabalha um ciclo de vida familiar. O entendimento de todo este processo, esta mudança no ciclo da família, depende muito do aspecto cultural da família, segundo autores.

 

AS MULHERES E O CICLO DE VIDA FAMILIAR

A expectativa em relação as mulheres, é de que elas tem que cuidar de todos, primeiramente os homens, depois as crianças e os idosos também. Antigamente o Status era definido pelo homem, pois as mulheres passavam de filhas a esposas, sempre definido pelo homem, isto é sem nenhum status ou melhor liberdade para as suas escolhas. O texto é muito esclarecedor quando relata que é muito difícil para a mulher dos nossos tempos, mudar seu status quo, dizendo que é extremamente doloroso para elas, fazerem suas escolhas, pois quando não recebem apoio das famílias, a mulher pode se sentir culpada pelas suas atitudes. É estatístico também informar que as mulheres casadas apresentam mais sintomas de estresse, do que as solteiras e os homens casados, porque para eles o casamento, a união é entendida de forma diferente. Entre as mulheres casadas da modernidade verifica-se em grande número maior envolvimento emocional com as vidas daqueles que o cercam, a sobrecarga nos seus papéis é maior, principalmente quando acontecem divórcios ou mesmo doenças, etc. Quanto a cuidado com idosos, este era considerado um trabalho da mulher, mas com as mudanças decorrentes no mundo, com as mulheres na frente de trabalho, em igualdade com os homens, este item também está mudando.

 

DESENVOLVIMENTO MASCULINO E FEMININO

A obrigatoriedade da mulher, segundo o texto era de aprender a tornar-se uma companheira adaptável para favorecer o desenvolvimento do homem. Valores de cuidado, apego, interdependência, relacionamento e atenção ao contexto foram primários no desenvolvimento feminino. Antigamente a preocupação com os relacionamentos era vista como uma fraqueza das mulheres e não como uma força humana. É importanteque todos os estágios do ciclo de vida possuem tanto aspectos individuais quanto interpessoais, e aí desenvolvimentalmente esperava-se que as mulheresa partir do início da idade adulta, ficassem atrás de seus homens, para apoiar e criar seus filhos, sem poder afirma-se em momento algum, posicionando-se sempre dependentes do marido, em todos os sentidos, e também quando buscavam apoio emocional não eram entendidas, sendo consideradas até de chatas.

Bem, a interdependência econômica das mulheres, apresenta implicações profundas nas mudanças de estruturas familiares tradicionais, e isto tem parecido crucial para a autoestima feminina. Mas é por ai que o trabalho de mudança de ciclo familiar vem apresentando mudanças profundas.

TRABALHO

Percebam a diferença: mulheres (trabalho e família- são exigências conflitantes), para os homens tudo é visto como mutuamente apoiador e complementar. Embora o texto esclareça que uma mãe que trabalha e tem status, tem filhos, o efeito positivo sobre os filhos é bem maior do que o pai na mesma condição, embora seja necessário entender todos os riscos de estresse que a mãe está sujeita. Parece que famílias, com mães nesta condição, são vistas como que privando suas famílias por trabalhar, enquanto que com os homens é um caminho contrário, e aí é possível entender a dupla carga de culpa e isolamento que estas mulheres enfrentam. Além de tudo isto, é meramente comprovado que os salários das mulheres são inferiores ao dos homens executando as mesmas tarefas, mostrando com isto que há um longo caminho a percorrer. (Hess e Sold, 1984), ressalta que oprimidas pelas esmagadoras exigências de cuidar de duas outras gerações, elas são forçadas a aceitar um trabalho que limita suas opções pelo resto de suas vidas. Bem, há um longo caminho a percorrer, no sentido de dividir tarefas, entre marido, filhos, e é possível que a geração formada pelas mulheres trabalhadoras, exerça a mudança de papeis, facilitando ainda mais a vida das mulheres.

ESTRUTURA DOMÉSTICA

Obviamente que a estrutura doméstica tradicional, aquele modelinho de nossos avós, será em breve apenas relíquia. Os tempos são outros, e este modelo do ciclo familiar vem mudando, mais ainda ressaltamos que segundo o texto, o maior número de pessoas que vive sozinho, ainda é a mulher.

 

ENTRE FAMÍLIAS

Até há pouco tempo atrás, só os homens eram privilegiados, vivendo sua independência na transição entre ciclos familiares, e entre as mulheres não havia espaço entre elas, para serem independentes, por isto para as mulheres, seu objetivo na vida era de procurar um marido, e é perceptível nas pesquisas perceber que existe uma menor aceitação familiar do desenvolvimento individual feminino. È um processo, mas as mulheres temem ainda que suas famílias de origem não aprovem suas aspirações, temendo com isto que o caminho do matrimônio esteja mais distante, e aí aparece a ansiedade em relação as relações competitivas, principalmente quando em relação ao sucesso do homem, demonstrando mais uma vez, que o comportamento das mulheres é sensível ao seu contexto interpessoal. A intervenção neste caso acontece de forma a conectar as mulheres jovens a força das mulheres de sua geração anterior (mães/avós), resumindo ao não reconhecimento dos trabalhos por todas elas executados.

A UNIÃO DE FAMÍLIAS NO CASAMENTO

Ultimamente as mulheres tem procurado casar mais tarde, ou chegam até a não casar, as estatísticas vem mostrando esta mudança de comportamento. O texto também enfatiza que é muito fácil para as mulheres admitirem seus problemas nos relacionamentos, do que os homens, isto é para os homens é difícil admitirem relacionamentos problemáticos. Há muita diversidade nos olhares das mulheres á respeito da vida a dois, em relação aos homens, como por exemplo: Os homens pensam que as mulheres devem ser atrativas, as mulheres desejam homens que sejam provedores no seu casamento, e por aí vai. Ao terapeuta nesta fase cabe ajudar os casais a modificarem o tradicional padrão dos seus papéis sexuais, e com isto mudar padrões tradicionais que cercam o casamento, e iniciem uma estória com diferentes padrões, que não tenha ligação com a estória de família, tornando-a a sua estória.

 

FAMÍLIA COM FILHOS PEQUENOS

Simbolicamente pai/mãe/filho, constitui uma transição chave no ciclo de vida familiar. Nas famílias modernas, é possível perceber a mudança de papéis, com obrigações caseiras ao pai, visto que a mulher moderna já possui responsabilidades fora de casa, o que era o contrário com as famílias tradicionais que encarregavam a mãe de toda a responsabilidade na educação dos filhos, e responsabilizando a mãe por qualquer coisa que acontecesse, e aí entendo que hoje este modelo vem se alterando. Entendo           eu segundo depoimentos de alguns estudiosos, referidos no texto, que os pais de família tradicional, se eximiam de participar ativamente do desenvolvimento da criança, até a fase adulta, enquanto que nos moldes atuais, até a participação das tias, tios, avós, avôs parece mais forte, provocando transformações na criança quando adulto. As mudanças vêm acontecendo, mais ainda é muito pequeno o número que compartilham igualmente as tarefas domésticas e as responsabilidades pelos cuidados dos filhos.  Este é um detalhe importante para o terapeuta que trabalha em família, quando d constituição de famílias modernas, incentivando os pais a participarem de aulas de pré- natal e o parto, mas infelizmente na nossa cultura, ainda existem barreiras neste sentido. Achei interessante que o texto traz sobre um estudo das estórias infantis, que mostra que poucos dos personagens eram mulheres, e quando aparece na estória, elas apenas são observadoras, não são liderem, não comandam a ação, e sempre aparecem usando aventais, mesmo em estórias de animais, e isto só vem reforçar como na nossa cultura é um comportamento que ainda está enraisado, e que aos poucos, outros modelos de ciclo familiar estão surgindo, e este comportamento desaparecendo gradativamente.  Enfim, ao terapeuta que trata de casos referentes a este modelo de família, nesta fase do ciclo vital, é importante que pergunte com detalhes sobre as responsabilidades em casa, sobre as finanças, educação e cuidado com os filhos. A partir deste dados frisar todo o trabalho da mulher, que historicamente parece ser deixado de lado, e mostrar ao pai a importância de desenvolver relacionamentos íntimos com seus filhos, para que ele se torne um adulto melhor.

 

FAMÍLIAS COM ADOLESCENTES

Parece que o desenvolvimento de meninos é diferente do desenvolvimento das meninas, e aí já podem começar a atrair problemas, no sentido de que a responsabilidade de atrair os homens, para algumas meninas, seja complicado, deixando-as insegura, afetando sua autoestima, e consequentemente prejudicando sua saúde mental. Isto são apenas normas sociais a serem cumpridas, embora a medida que as famílias, vão se formando de formas diferentes a tendência a alterar estes comportamentos, é percebível. Então, é interessante estimular as meninas nesta fase, a exporem suas opiniões, valores, aspirações, interesses. O terapeuta ao trabalhar com famílias, nesta etapa do ciclo familiar, deve preocupar-se em entender o funcionamento tanto de meninas como meninos nesta família, e principalmente se as estimulações são da mesma forma para meninos e meninas, pois o ideal é ambos recebam as mesmas tarefas e encorajamento para desenvolver suas vidas. Deixar claro, que não há tarefas só para meninos, ou só para meninas, mas sim que ambos podem executar qualquer tarefa, seja ela qual for em causar danos a ninguém. O fato de uma família possuir apenas meninas aumenta a probabilidade dos pais perceberem que existe desigualdade na educação no quese refere a gênero.

LANÇANDO OS FILHOS E SEGUINDO EM FRENTE

Segundo o texto, é a partemais longa ciclo familiar, envolvendo próximo a vinte anos, e aí a gente entende que existem movimentos contrários psicologicamente falando entre homens e mulheres. Por exemplo, os homens, pode querer recuperar o tempo perdido, e voltar atrás com o objetivo de melhorar o desenvolvimento dos seus filhos, enquanto que com a mulher pode acontecer diferente, elas saem a procura de desenvolver suas próprias vidas, porque sempre souberam desde o início como seria o desenvolvimento daquela família. São caminhos diferentes, mas que também fazem com que a mulher entenda que é difícil para elas lidarem com o mundo externo, enquanto que para os homens, este caminho é o mais natural. Para as mulheres pode ser um caminho difícil, mas que poderá lhe dar muito prazer com sua independência, e muitas delas reconstroem sua vida social até com certa tranquilidade. A respeito de olhares diferentes nesta fase entre homem e mulher, podem surgir tensões na vida conjugal, inclusive o divórcio, que na maioria das vezes pode acontecer. Para complicar um pouco mais a vida das mulheres, surge nesta fase a menopausa, e com ela a sensação de ninho vazio as vezes uma depressão fazendo parte, principalmente para aquelas mulheres cujos lares foi dedicação exclusiva ao marido e filhos.

FAMÍLIAS MAIS VELHAS

Bem, as mulheres vivem mais tempo que os homens, estatísticas e texto abordam isto, e diferente dos homens, é muito raro serem acompanhadas por homens mais novos. Bem, nesta fase, as mulheres mais velhas necessitam de cuidados e muitas vezes de outras cuidadoras, com pouco salário, e o que as podem tornar mais estressadas, porque as leis ainda são feitas para homens, e aí como terapeutas precisaram anular este desequilíbrio, direcionando tanto o problema dos idosos, como de seus cuidadores, encarando como questões sérias a serem colocadas.

DIVÓRCIO E RECASAMENTO

As mulheres se divorciam, mas os dilemas ainda continuam sendo muitos, principalmente no que se refere a filhos, que normalmente ficam com as mães, vivendo numa linha inferior aquela que mantinham com a família constituída. Até há muito pouco tempo, as mulheres não tinham nenhum direito legal em relação ao divórcio, embora hoje já se busque uma custódia conjunta, tornando-se importante para os filhos, mas aí surge outro problema, pois os homens que tinham dificuldade em atender seus filhos quando do período em que foram casados, continuarão a ter os mesmos problemas após o divórcio. E as pesquisas mostram o quanto é importante aos filhos a convivência com ambos os pais, embora separados. Também neste modelo de recasamento, aparece o papel da madrasta, que às vezes pode ser o mais difícil de todas as posições familiares. É necessário às vezes, remover a carga de culpa da madrasta, por não se sentir capaz de realizar o impossível, como por exemplo, assumir os cuidados maternos por filhos que não são seus. É uma tendência das mulheres, assumirem a culpa, quando assume as responsabilidades pelos filhos dos outros. Enfim, é uma situação muito complexa, que exige olhares profundos do terapeuta.

AS MULHERES E SUAS REDES DE AMIZADES

A forma das mulheres se relacionarem no que tange a amizades, é totalmente diferente dos homens. O homem tem conhecido, e as mulheres constituem amizades mais íntimas, com certa naturalidade. É interessante que o terapeuta trabalhe a importância da amizade, fora do contexto a dois, no que se refere a vida a dois, entre um casal, pois estas amizades podem representar um apoio básico durante todo um ciclo de vida, e não confundir nunca a rede profissional com amizade. E as lésbicas?  A fala orienta que o terapeuta ao lidar com este no grupo, é que deve trabalhar com elas no sentido de ajuda-las a lidarem com suas famílias de origem em relação ao seu sistema de vida lésbico, isto é, definindo fronteiras, pois já existem tantos problemas ainda a ser definidos nesta relação tais como: aposentadorias, doença séria ou morte, dificultando o sendo de continuidade e conexão, isto sem pensar, quando as mesmas tornarem público, sua opção sexual., e aí aparece a atitude cultural negativa em relação a homossexualidade.

A SAÚDE E DOENÇA

São as mulheres que procuram mais ajuda, e é claro que em função destes dados, os homens só procuram ajuda, quando os problemas já estão muito complicados, às vezes até em ponto de hospitalização. Historicamente sempre foi o papel de a mulher cuidar de tudo e de todos, só que aos poucos em função das mulheres estarem indo aos campos de trabalho, este olhar da mulher cuidadora vem desaparecendo gradativamente. O texto fala e que é importante ressaltar que o que poderá acontecer se as mulheres deixarem de ser vistas pelo homem como deprimidas, ansiosas, fóbicas ou anoréxicas? As mulheres estão redefinindo suas vidas, e em todas as culturas, tudo vem se alterando, e parece que a mulher hoje se não está feliz num relacionamento, não mais se submete a uma vida de abnegação, rompendo com valores. Com isto provoca uma revolução no comportamento do homem, que vive numa cultura onde exigem que ignore seus sentimentos e necessidades de relacionamento.

TERAPIA FAMILIAR

Ressalto, que diz Weiner e Boss, sobre as quatro maneiras específicas para fortalecer o desenvolvimento de novas estruturas em relação a mulher: esclarecer os componentes socioculturais e históricos da educação nos campos da saúde mental. (importante entender como tudo começou e como desenvolveu através dos tempos).

Estabelecer critérios de sensibilidade aos papéis de gênero na supervisão treinamento e consulta. (O texto é muito claro em relação as diferenças de posicionamento em diversas culturas, em vários momentos do ciclo de vida familiar, como homem e mulher divergem na forma de ver, sentir, e expressar-se). Atualizar e corrigir informações negativas e insubstanciadas a respeito do desenvolvimento feminino. (onde há mudanças, as informações negativas são procedentes. Trata-se de mudanças que acompanham a história, evolução, mudarem é necessário). Obter evidências empíricas sobre o desenvolvimento psicossocial das mulheres. (é importante o que o senso comum, informa sobre o desenvolvimento psicossocial das mulheres).

Enfim, são muitos detalhes que fazem parte da atenção do terapeuta ao desenvolver seu processo no ciclo familiar a ele apresentado. \importante prestar atenção a renda familiar, e de como isto é aceito na família, prestar atenção a força física da família, fazer com que os integrantes descubram o que gostam e o que não gostam em ser mulher ou homem, ajudar a família a esclarecer regras, ajudar a família a esclarecer regras de quem vai tomar tais papeis, por exemplo, enumerar todos os papéis. Entendo que as pesquisas referentes ao trabalho, são de fundamental importância, pois tudo vem mudando, e com isto alterando o funcionamento de todo ciclo familiar. A mudança é perceptível, e papéis que antigamente só pertenciam aos homens, e papéis destinados apenas as mulheres, entram em acordo, e começam a mudar, e alterar todo um ciclo familiar.

GENETOGRAMAS E O CICLO DE VIDA FAMILIAR

Genetogramas e cronologias são instrumentos úteis quando se avalia a família no ciclo de vida.  O genetograma nos mostra a estrutura do ciclo de vida familiar, e isto ajuda na interpretação. O ciclo de vida familiar é sempre um fenômeno complexo, e irregular, desde o seu nascimento até a morte. É como se fosse uma música tocando, misturadas a outros sons. E o gráfico da história e do padrão familiar, mostrando a demografia, estrutura básica, o funcionamento e os relacionamentos da família, chamou de genetograma.

CASAMENTO E RECASAMENTO

Como o ciclo familiar é circular e repetitivo, é possível em qualquer momento, podemos iniciar a contar a historia da família. O genetograma apresentado no texto referente a família de Freud, mostra o lugar de cada cônjuge, fazendo parte de um ciclo de vida familiar. Genetograma é um gráfico, representado através de símbolos, que mostra o percurso de uma família, no seu ciclo familiar, onde muitos itens podem ser mostrados, tais como: etnia, data da migração, religião ou mudança religiosa, educação, ocupação ou desemprego, serviço militar, aposentadoria, problemas com a lei, abuso físico ou incesto, obesidade, abuso de álcool, ou droga, fumo, datas em que membros da família deixaram a casa, atual localização de membros da família. Sempre há espaço para quaisquer outras anotações, que se fizerem necessárias. Quando se observa um genetograma é interessante observar as idades dos membros da família, na medida em que se movem neste ciclo de vida familiar.

TRANSIÇÃO PARA A PATERNIDADE E AS FAMÍLIAS COM FILHOS PEQUENOS

Nesta fase quando se organiza um genetograma, ele pode revelar estressores que tornam esta fase difícil para os pais, na responsabilidade de assumir filhos pequenos. O genetograma mostra os típicos triângulos; pai/mãe/filho, neste período do ciclo familiar. Conforme o genetograma da família Freud, quando nasceu o primeiro filho, foi a marca mais forte da transição para uma nova família. Ográfico vai mostrando tudo sobre o ciclo familiar da família em questão, aqui no texto família Freud, inclusive mostrando estressores como, por exemplo, a existência de perdas, ou qualquer outro evento traumático, e ai cabe ao terapeuta explorar o efeito deste acontecimento no processo deste ciclo familiar. Dentro da sistêmica a perda talvez seja a mais importante transição porque rompe os padrões de interação daquela família, e é necessário reajustar-se de outras formas, enfrentando desafios entre todos os seus membros, alguns mais difíceis de enfrenta-los. Interessante perceber no genetograma, a presença do ciúme, quando nasce uma criança, após ter perdido um filho, e que este sentimento pode continuar na vida adulta.

FAMÍLIAS COM ADOLESCENTES

Na adolescência aparece a mudança qualitativa, e a família deve ser preparada, porque os filhos nesta fase já não mais dependentes dos pais. Através do gráfico, é possível perceber de que forma a família se reajustará a nova realidade. E é na adolescência que os filhos começam a ter interesse fora da família, abrindo seu campo de interação, e através do gráfico é possível detectar um amigo importante que surgiu nesta fase, são dados que só acrescentam ao trabalho do terapeuta, ao realizar seu trabalho.

FAMÍLIAS NO MEIO DA VIDA

O gráfico também nos permite antecipar o desenvolvimento da própria geração. Neste período é que aparece o momento de deixar a casa para se tornar independente, e isto pode ser considerado como base para outros momentos talvez cruciais que podem aparecer no ciclo familiar a ser estudado. É uma condição que faz parte dos tempos modernos, mas são atitudes ainda não muito bem resolvidas nas famílias, por isto é um dado bem interessante.

CASAMENTO: A PRÓXIMA GERAÇÃO

Esta é a junção de duas famílias, tradicionais ou não, mas que reúnem dados muito interessantes na formação do genetograma, pois nesta união com certeza haverá dificuldades, e elas devem ser trabalhadas.  No caso de Freud, leitura do texto, é interessante destacar que a falta de dinheiro das famílias, dificultando a concretização do casamento, pois tiveram que esperar cinco anos, aparecem como dados no gráfico, fazendo com que a mulher lhe devesse lealdade, fato que este que pode acontecer com qualquer família.

PATERNIDADE, A PRÓXIMA GERAÇÃO

Quando se casa, forma a família, e começa a chegada dos filhos, torna-se uma fase de muitos acontecimentos. Isto acontece em qualquer família, não só com a de Freud, onde a vida sexual pode diminuir em função do atendimento aos filhos, falta de dinheiro, ou qualquer outro motivo. Percebe-se que Freud neste momento crucial da vida, viveu um ciclo de muitos acontecimentos, e que este mesmo ciclo de vida familiar, pode ser vivido por outras famílias, nesta fase, claro que cada família com seu ciclo familiar único.

FAMÍLIA NO ESTÁGIO TARDIO DA VIDA

A forma correta de proceder é que a família deveria chegar a um acordo com a mortalidade da geração mais velha, mas nem sempre é desta forma que acontece, enquanto as outras gerações seguem atrás acompanhando o modelo de ciclo familiar, e aí todos os relacionamentos precisam ser reordenados. O genetograma é usado para mapear a família em cada fase do ciclo de vida familiar.  É um instrumento de trabalho que potencializa as açõese os resultados na teoria sistêmica familiar. Acredito que ao trabalhar a família na organização do seu genetograma, é importante que se sintam motivados, porque desta maneira podem com entusiasmo procurar informações, buscar nas raízes mais antigas, informações que seriam valiosas para compreensão e processo em terapia. Eu acredito, que a família ao tomar conhecimento de anteriores fases do seu ciclo familiar, no caso de uso de álcool, por exemplo, entendo que é possível, através da pesquisa de dados, sempre orientados por terapeuta, que membros atuais, ao entender todo o processo, podem deixar de fazer o uso do álcool, com o entendimento de um genetograma bem elaborado. Entendo como uma ferramenta positiva de uso do terapeuta da sistêmica familiar, que pode através do lúdico, de brincadeiras, pesquisas, elaborarem um valoroso trabalho, mesmo buscando momentos de dor e sofrimento.

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