Projeto Psicologia no Trânsito
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A Psicologia do trânsito é uma das áreas que investiga o comportamento do ser humano no trânsito, incluindo todos os processos internos e externos, que colaboram neste processo, para que o mesmo ocorra positivamente ou negativamente (Conselho Federal de Psicologia, 2000 p.10).
No início das avaliações no trânsito, através de testes, este exame chama-se exame psicotécnico, e só a partir de 1998, com a criação do Novo código de trânsito Brasileiro,
É que foi substituído pela expressão: Avaliação Psicológica pericial.
Quando se avalia o candidato o condutor no trânsito, através de uma avaliação Psicológica, avalia-se os fenômenos psicológicos, avaliando as capacidades gerais do futuro candidato a carteira de habilitação, bem como, de que forma este candidato poderá agir frente a tudo o que acontece no trânsito, e desta forma o teste vai dizer se o indivíduo se encontra apto ou inapto, naquele momento de sua vida.
O (que se pode perceber na prática, é que estes testem, está voltado para a personalidade, atenção, inteligência), e infelizmente existem ainda, poucas pesquisas mostrando como os futuros candidatam a carteira de habilitação, se comporta agindo e reagindo diante de situações inusitadas, jamais descritas, medindo sua capacidade de desempenho. (Lamounier, Rueda, 2005ª).
É importante dizer, que a partir dos de 1950, a preocupação mundial com respeito a criação de técnicas para avaliar o desempenho de futuros motoristas, começam a surgir no Canadá, Holanda e Inglaterra. Enquanto que no Brasil, a preocupação em desenvolver métodos de avaliar futuros candidatos a circularem, de forma sempre mais adequada ao trânsito, acompanhando seu desenvolvimento natural, iniciou a partir dos anos de 1913, em São Paulo, através do Engenheiro Roberto Mange, na seleção e orientação de funcionários para a estrada de ferro sorocabana.
Desde 1950, até os nossos dias, um longo caminho foi percorrido, e embora mudanças aconteçam dentro da Psicologia do Trânsito, sempre com o objetivo de aperfeiçoar o sistema, e melhorara cada vez mais, a forma do futuro candidato a circular pelo trânsito, acontece outro elemento que é o progresso demasiado e até desenfreado, que caminha ao lado deste processo, não permitindo que trânsito e as pessoas que nele circulem, funcione corretamente. A evolução, o progresso no mundo é muito rápido, do que o trabalho que vem sendo realizado pelos estudiosos na psicologia do trânsito, com objetivo de melhorá-lo a cada vez mais.
Na reflexão sobre o texto de Fabian Xavier Marin Rueda, imagino dois mundos funcionando em círculo, um sobreposto ao outro, ambos funcionando em forma de uma engrenagem, como mostrava Focault, em uma de suas obras. Continuando o raciocínio, estas duas engrenagens, sempre em funcionamento, mostra o mundo da Psicologia do trânsito, e a outra engrenagem mostra o mundo caminhando atrás do progresso, e isto quer dizer, muitas estradas, muitos carros, muitas pessoas circulando a pé pelas avenidas, muitas motos circulando, muitos novos futuros candidatos a motoristas portando suas respectivas carteiras de habilitação, indicado através do trabalho cada vez mais aperfeiçoado dos psicólogos da área do trânsito, autorizando ou melhor informando que estes futuros candidatos a CNH, estão aptos a transitarem por todos os espaços, neste caos que é o mundo.
Concluindo, o raciocínio, trago Focault para a discussão, quando o mestre fala em arqueologia, que é uma inovação metodológica, no Brasil introduzido a partir dos anos 1960, para vários setores políticos, que tem significação desde a pergunta: sobre como os saberes se constituem a transformam a humanidade, ganha consistência sobre a interrogação de toda esta loucura que é o progresso no mundo, e como acompanhá-lo de forma mais ou menos produtiva, que tenha efeitos, que seja saudável em todos os sentidos. É exatamente esta indagação que provoca uma trajetória que aponta para o passado no sentido de recompor as malhas de uma situação própria ao presente. ( Focault, história da loucura, 1999ª).
Importante registrar, que através das perguntas que o texto nos traz, cabe a nós futuros psicólogos, refletir acerca de quanto trabalho pode ser realizado nesta área, ou seja, da psicologia do trânsito, compreendendo o que o mestre Focault apresentou no seu livro sobre engrenagens, ressaltando que duas engrenagens circulam, uma entreposta a outra, sendo uma relativa ao progresso mundial ou seja, tecnologia, população, etc., e a outra engrenagem que é a da Psicologia do Trânsito, que sempre vai deixar brechas, que não tem como acompanhar o progresso desenfreado de tudo em relação ao mundo. Em compensação, mostra-nos um nicho de mercado na psicologia do trânsito, para ser descoberto.
