Daniel - 1 X 0 - Síndrome de West
- Cecília Azevedo
- 19 de abr. de 2016
- 2 min de leitura
Ao entrar no avião a caminho da Namíbia, para relaxar três dias, aconteceu a história mais emocionante de todo o trabalho que realizei em Angola.
Saí do Brasil, absolutamente FOCADA ao trabalho que me foi destinado. Mesmo a caminho de um passeio relaxante, continuei focada. De acordo com fotos, viajei ao lado de Daniel (cinco anos) portador de paralisia cerebral leve, e do seu pai. Daniel e seu pai, estavam a caminho da Namíbia, onde vão permanecer por um mês, para tratamento de Daniel, que segundo o pai, não há tratamento especializado nesta área em Luanda.


Daniel, já realizou cirurgia, nos pés, mais ainda não consegue ficar em pé, embora esteja em trabalho com fisioterapeuta. Conversamos muito, foi um encontro que me fez entender que tentar viver dentro das seis perfeições que considero fundamentais na minha vida é o que me proporciona êxito, prazer, felicidade, em todas as atividades que me proponho a fazer. São elas:
As seis perfeições:
1- Caridade: Inclui todas as formas de doar e compartilhar.
2- Moralidade: Elimina todas as paixões maléficas através da prática dos preceitos de não matar, não roubar, não ter conduta sexual inadequada, não mentir, não usar tóxicos, não usar palavras ásperas ou caluniosas, não cobiçar, não praticar o ódio nem ter visões incorretas.
3- Paciência: Pratica a abstenção para prevenir o surgimento de raiva por causa de atos cometidos por pessoas ignorantes.
4- Perseverança: Desenvolve esforço vigoroso e persistente na prática da harmonia e amorosidade neste planeta.
5- Meditação: Reduz a confusão da mente e leva à paz e à felicidade.
6- Sabedoria: Desenvolve o poder de discernir realidade e verdade.
Eu realmente me sinto um instrumento, ou talvez uma ferramenta no universo com objetivo único: doar e compartilhar.

Abaixo, algumas informações sobre a Shantala, para que o pai e a família de Daniel, e de todas as crianças que necessitarem, conheçam e apliquem.
A Shantala é uma massagem milenar indiana, sem registro de quando surgiu em Kerala no Sul da Índia. Foi descoberta quando o médico francês Frédérick Leboyer, de passagem pela Índia, se deparou com a cena de uma mulher numa calçada pública massageando seu bebê. Seu nome era Shantala, ela era paraplégica e estava numa associação de caridade em Pilkhana, Calcutá.
O ambiente que Leboyer percorrera até então era completamente hostil, mas a cena da massagem fez com que a beleza e harmonia dos movimentos de Shantala transformasse tudo a sua volta.
Simples e tranquila
Os movimentos da massagem são basicamente os mesmos. "Se quiser fazer uma massagem mais relaxante, é só fazer a série de forma mais suave e superficial. Mas, se a idéia é estimular o bebê, os toques precisam ser mais profundos e rápidos". O número de repetições é bem variável. A especialista na técnica conta que o ideal é fazer cada um deles por três vezes e aumentar esse número gradativamente, com, no máximo, 10 repetições, seguindo a aceitação do bebê. No entanto, Cristina alerta que é fundamental que a criança goste da massagem. "Ela precisa estar tranqüila e sem chorar. Só assim aproveita todas as vantagens do método".






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