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Freud/Reich: Continuidade ou Ruptura?

  • Cecília Azevedo
  • 27 de jun. de 2016
  • 2 min de leitura

O texto em referência nos mostra as turbulências e férteis relações entre a psicanálise freudiana e a perspectiva reichiana. Acredito que é impossível saber o que mais pesou na expulsão de Reich, se foram as várias formas teóricas ou a sua participação na política, ou ainda as duas coisas em conjunto. Reich na época, representava um perigo para a posição de neutralidade em relação a política, que o movimento psicanalítico procurava manter por muitas razões, entre elas a da própria sobrevivência.


O texto nos mostra, que Reich foi um importante psicanalista dos anos 20, encarregado de supervisionar nos alunos do Instituo Viena, pela qual passaram muitos psicanalistas da terceira geração, mas quando Reich foi afastado do IPA, acabou se tornando um tabu cultivado pela ortodoxia freudiana. Mas enfim, Reich foi um dos primeiros a procurar um caminho próprio para desenvolver algumas dificuldades terapêuticas, e quando fez isto, trouxe importantes contribuições para o desenvolvimento da psicanálise mesmo que elas foram recebidas em clima de hostilidade que rodeava seu autor. O texto nos mostra em clima de esclarecimento um momento da história especialmente turvado pelo silêncio de uns e ressentimento de outros.


O preconceito é muito comum ainda hoje, quando a gente houve falar: Reich não é psicanalista. E a argumentação prossegue dizendo que Reich era louco, tinha mente poluída, e também o texto argumenta que Reich com sua prática corporal afastou-se dos princípios básicos da Psicanálise. Não estou querendo afirmar, que não houve alguns psicanalistas, que entendem que Reich, deixou excelentes contribuições a Psicanálise. Os dados abaixo, acredito foram os que colaboraram para o rompimento de Reich com a Psicanálise. São eles:


1927- Reich procurou ser analisado por Freud, que recusou tratá-lo. A primeira versão do livro de Reich A FUNÇÃO DO ORGASMO foi publicada pela Editora Psicanalítica Internacional. Reich passou alguns meses num sanatório suíço.

1928 – Reich aderiu ao Partido Comunista austríaco. Com quatro outros analistas e três obstetras, fundou a Sociedade Socialista para Consulta sobre o Sexo e a Pesquisa Sexológica.

1929 – Reich visitou a Rússia. A sua obra Materialismo e Psicanálise Dialética foi publicada em Moscou.

1930 – Reich mudou-se para Berlim. Fundou a Associação Alemã para a Política Sexual Proletária, cujos objetivos incluíam a abolição de leis contra o aborto, a homossexualidade e a divulgação de informações sobre o controle da natalidade.

1933- Reich Publicou A PSICOLOGIA DAS MASSAS DO FASCISMO, na Dinamarca. Foi expulso do Partido Comunista Alemão. A primeira versão da obra de Reich, ANÁLISE DO CARÁTER, foi publicada pela Editora Psicanalítica Internacional, mas sem o seu nome, como editora, na capa ou no frontispício.

1934- Reich foi expulso, antes, “afastado ou” cortado “da Associação Psicanalítica Internacional”.

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